Meu voki!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

EMEB Neusa Macellaro - Polo de surdez

Mais uma reportagem sobre a escola onde trabalho, em São Bernardo.



Escolas polos para surdos na rede municipal de ensino de São Bernardo

40 alunos com deficiência auditiva estudam no ensino regular


Pioneira em educação para surdos, a rede de ensino de São Bernardo vem incluindo cada vez mais crianças, jovens e adultos com deficiência auditiva nas Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs) da rede. Desde 2011, a Secretaria conta com três escolas polos, sendo uma na educação infantil e duas no ensino fundamental, além dos alunos do Centro de Qualificação Profissional (CQP), atendidos pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Localizada na Vila Euro, a Emeb Professora Neusa Macellaro Moraes, é uma das unidades polo do ensino fundamental, com 9 alunos surdos matriculados. Para a dirigente de ensino da unidade, Lucília Aparecida Rodrigues, a inclusão de crianças com deficiência auditiva no ensino regular vem transformando a vida de todos os envolvidos.
“Os ganhos são imensuráveis. Pais, professores e alunos convivem com uma constante troca de experiências. Desde cedo nossas crianças aprendem a viver com o diferente e multiplicam o conhecimento”, explica a vice-diretora da Emeb.
Daniela Cezar de Oliveira, do 3º ano do ensino fundamental, é um exemplo dos benefícios dessa modalidade de educação. Foi graças a esse atendimento personalizado por parte de equipe da escola que a mãe da aluna, Marina Cezar de Oliveira, recebeu da professora um bilhete com o seguinte texto, “mãe, fala para Daniela parar de falar”, um recado inusitado para uma menina surda.
De acordo com a mãe, foi um momento e grande alegria. “Não me contive de tanta felicidade e comecei a chorar. Graças ao ensino de Libras na escola e o esforço dos professores, tenho certeza que minha filha terá uma vida normal”, ressalta dona Marina.
Já Fabiana Magalhães, de 31 anos e mãe da aluna Lohrana, lembra da resistência que tinha antes de conhecer o trabalho da escola Polo. Segundo ela, a convivência em sala de aula regular vem contribuindo para o desenvolvimento da filha. “Tive muita resistência em aceitar que minha filha estudasse nessa escola. Hoje, vejo o quanto a convivência com os alunos do ensino regular faz bem para minha filha”, constata.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Inclusão

No ano de 2012 tive o excelente prazer de trabalhar com a Bia. Uma menina de 12 anos, com paralisia cerebral,diminuição da capacidade visual e mobilidade reduzida,  provocada por complicações no parto que estava sempre alegre, sorridente, querendo cheirar nossos cabelos (e dizer que estavam fedido, rs) e adorava cantarolar diariamente, e repetidas vezes no dia, o pagode que ouvia em casa do grupo Katinguelê: "Quando se deu, teu céu anuviou..."
Independente das limitações é possível e necessário trabalhar com as diferenças em sala e também fora dela.

Na foto abaixo, estávamos brincando de "passa a bola", mas ela ficou com muito medo da bola e do barulho que a turma (eufórica) fazia.


Já nesta, estávamos na informática, ouvindo músicas. Como sua visão era cerca de 30% da capacidade normal, tínhamos dificuldade de trabalhar com o visual, então investíamos na audição e na oralidade.


Aqui, na biblioteca, uma colega estava recontando uma história trabalhada em sala.

  

Escola prepara deficientes auditivos para mercado de trabalho

Esta reportagem foi publicada no site da Universidade Metodista.
Como trabalho na Emeb Neusa Macellaro, que é considerada polo de surdez, resolvi publicar para demonstrar o excelente trabalho que vem sendo feito na área da Educação Especial em São Bernardo.

Centro de qualificação oferece cursos profissionalizantes
O Centro de Qualificação Profissional (CQP) de São Bernardo oferece um programa de inclusão de deficientes auditivos desde 2012. Os alunos assistem as mesmas aulas que os estudantes ouvintes com o auxílio de professoras intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e participam de cursos profissionalizantes, como informática e corte e costura, além do supletivo para o Ensino Fundamental. Neste semestre estão matriculados no EJA (Educação de Jovens e Adultos) 16 alunos surdos.


As aulas em Libras são ministradas por uma equipe de seis professoras que se revezam entre as salas de aula. Todas as profissionais são pedagogas com especialização em educação especial para deficientes auditivos, como Selma Cardoso, que há 22 anos trabalha com este público. “É preciso atuar em conjunto com o professor oficial da classe, estudando o material de aula previamente”, afirmou.
O programa de inclusão de surdos no CQP tem como objetivo principal integrar o deficiente auditivo no mercado de trabalho, capacitando-o para isso, além de estimular o relacionamento interpessoal com os ouvintes.
Segundo a assistente da diretoria da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, Virgínia Marino, o município possui outras quatro escolas polos na inclusão de surdos: EMEB Neuza Macellaro Calado, EMEB Profª. Nadia Aparecida Issa Pina, EMEB Octávio Edgard de Oliveira e EMEB Padre Manuel da Nóbrega.